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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Lição 9 O princípio bíblico da generosidade

INTRODUÇÃO


Nesta lição abordaremos os principais princípios que norteiam a generosidade. Na igreja de Corinto o apóstolo Paulo exortou esta prática entre os cristãos, para melhor desenvolvimento da Igreja. Embora a igreja não tivesse muitos recursos materiais, porém com a espontaneidade dos irmãos e o desejo de cooperação mutuo, a generosidade na cooperação ajudou no desenvolvimento da comunhão entre os irmãos. (I Co 16:1-4) A ajuda mutua entre os irmãos se fazia necessário, para compartilhar e suprir todas as necessidades encontradas pelos crentes daquela Igreja. (At 28:11-30).


I - CONCEITO

Generosidade - Do grego denota-se “aplotes”, que ordinariamente significa“simplicidade”, ” sinceridade, franqueza, singeleza.”

É uma qualidade por alguém que quer sacrificar seus interesses em favor de alguém com voluntariedade. Os elementos que compunham essa generosidade eram a qualidade de alegria que possuíam e a pobreza deles.


II - EXEMPLOS DE AÇÕES GENEROSAS

Na Bíblia Sagrada podemos observar alguns exemplos vivos da generosidade praticadas por esses princípios bíblicos.

Vejamos alguns exemplos :

2.1- Jesus ensinou a generosidade - Jesus ensinou no sermão da montanha este ato através do ensino e da ação voluntária pela prática. “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.” (Mt 6:2-4).

2.2- A prática da Igreja primitiva - Naquela Igreja os cristãos vendiam suas propriedades e havia uma distribuição de bens entre os necessitados, ” E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” ( At 2:9).

2.3- Os macedônios - na igreja de Macedônia havia uma dificuldade de contribuição, porém eles se esforçaram em contribuir para com os necessitados de Jerusalém. Paulo mostrou a necessidade da Igreja encorajando-os e motivando-os a esta prática na solução dos problemas ali encontrados. “porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.” (II Co 8:2).

2.4 - A prática na Igreja de Corinto - A prática desta ação em Corinto não era bem desenvolvida, pois não havia uma reciprocidade entre eles. Porém, Paulo exortava e mostrava a importância desta pratica no seio da Igreja. ” Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça”. (II Co 8:7)


III - EXORTAÇÃO AO ESPÍRITO GENEROSO PARA CONTRIBUIR


O apóstolo Paulo encorajou aquela Igreja a prática de generosidade entre os necessitados. Apesar de algumas virtudes da Igreja em Corintio, era necessário a prática da generosidade entre os cristãos daquela época (II Co 8:7).

A Judéia enfrentava tempos difíceis como resultado de uma escassez que deixou muitos santos aflitos (At. 11:28-29). Paulo sentiu que as igrejas dos gentios tinham uma divida de gratidão para com Israel e Jerusalém, a Igreja mãe (Rm 11:13-25; 15:27), por seu papel de traze-los para a fé em Cristo. Paulo já havia apresentado a oferta aos Corintios. ( II Co 8:6; I Co 16: 1-4) Se fazia necessário esta cooperação entre as igrejas para resolver os problemas sociais daquela época. (II Co 1:24).

Esta atitude deveria ser com responsabilidade mutua dos recursos encontrados na Igreja. Esta exortação deveria ser feita com visão, além de dois fatores importantes nesta contribuição:

1º- Responsabilidade Social da Igreja- o apostolo Paulo considerava a liberalidade dos macedônios como sendo resultado da graça de Deus em suas vidas. Deus é generoso (Rm 5:6-8; 8:31-32; Mt 5:45; 7:11) e onde sua graça é verdadeiramente experimentada haverá, nas vidas das pessoas, evidências de amor e generosidade similares ( Mt 5:43-48; 10:8; Rm 5:17; Ef 4:32; 5: 1-2; Fp 2:4-11; Cl 3: 12-13, I Jo 4:7-12).

2º- Responsabilidade de cada crente - Paulo testemunha que os macedônios fizeram tudo quanto puderam fazer, segundo o que se esperavam deles; atenderam aos apelos na medida de suas posses. ” Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (II Co 9:7) Assim Paulo afirma a respeito dos macedônios que eles contribuíram para a coleta destinada aos pobres acima e além de tudo quanto se poderia esperar deles, em face de sua situação financeira. Eles contribuíam mesmo sendo pobres, porém ajudavam também aos necessitados, diferente da igreja primitiva, onde eles traziam aos pés dos apóstolos. Portanto em tudo isso eles se mostravam voluntários, pedindo que participassem das necessidades dos santos. (II Co 8:14-15; Ef 4:28; Tt 3:14)

Paulo mostra três pontos importantes para esta coleta:

Graça - do grego “charisma” é a palavra empregada a fim de mostrar que os macedônios consideravam a oportunidade de contribuir como o favor, ou privilégio. (At 20:35).

Comunhão - do grego “Koinomia” que o envolvimento deles era considerado participação numa entidade maior, um ato de compaixão . (II Co 1:7).

Assistência - é tradução da palavra “diaconia.” Seu emprego reflete o fato de que a contribuição financeira era entendida como sendo um ministério cristão. (Fp 4:14-20).


IV - OS PRINCÍPIOS DA GENEROSIDADE


O apóstolo Paulo mostra que a generosidade cristã deve ser evidenciada em nossas vidas, pois o Senhor ama aquele que dá com alegria. (Rm 12:8) Aqueles que contribuem alcançarão a misericórdia de Deus. Vejamos alguns princípios sobre a contribuição, bem como algumas promessas divinas para quem contribui.

Tudo pertence a Deus, o Senhor nos confiou em nossas mãos. (II Cor 8:5).

Precisamos tomar uma decisão firme de servir ao Senhor e não ao dinheiro ( Mt.6:24).

A contribuição serve para manter a Igreja e suprir as necessidades sociais. (II Co 8:14; 9:12; Pv 19:17; Gl 2:10)

Promover o reino de Deus (I Co 9:14 ; Fp 4:15-18)

Quando contribuímos acumulamos tesouros no céu (Mt 6:20;Lc 6:32-35)

A contribuição é a prova de nosso amor para com Deus (II Co 8:24); deve ser voluntária (II Co 9:7); Sacrificial (II Co 8:3).

Semeamos a fé, tempo, serviço, e, assim colhemos mais fé e outras bençãos ( II Co 8:5; 9:6,10-12)

Princípios que norteiam esta prática.

Mutualidade - Significa qualidade ou estado do que é mútuo, reciprocidade, permutação, troca. É uma forma de participação mútua com a finalidade de cooperação dos crentes entre si. (Rm 12:8).

Responsabilidade - Qualidade ou condição de responsável. É a forma de contribuir responsavelmente para o desenvolvimento do Reino de Deus. (At 6:1-6).

Proporcionalidade- Qualidade ou propriedade de proporcional. Principio que leva o individuo a cooperar em proporções, na medida do possível e com liberalidade em ajudar ao próximo. (At 2:44-45; 4: 34-37).


CONCLUSÃO


Nesta lição aprendemos que existem princípios bíblicos que regem a generosidade, portanto na igreja de Corinto se fazia necessário a exortação do apóstolo Paulo, no que se diz respeito as contribuições para o suprimento das necessidades sociais entes os irmãos. (II Co 8:9) Não obstante, a Igreja primitiva foi uma referência sobre esta questão de mutualidade, responsabilidade e proporcionalidade na assistência aos necessitados. (Gl 6:10).

Por. Pr. Aílton José Alves, Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PE